Espelho

Quando olho no espelho olho e penso...
até quando beijarei-o?
Cansei de me olhar e tentar enxergar o que há de errado em mim...

Coração

Coração
Armazena sentimentos,
Esconde segredos
Bate em descompasso...
Órgão estranho,
Sempre estudado
Dentro de um peito
Bate...
Desesperado, pedindo atenção.
Mas é ignorado.

MASP

Hoje meu manifesto vai para o descaso com a arte aqui em SP.
Posso não entender nada de arte, aprecio qualquer manifestação artística, gosto de visitar o MASP e acho que deveria ter iniciado essas visitas bem antes do que agora.
O MASP pede ajuda.
Talvez haja uma falta de organização administrativa (afinal de contas um museu assim importante não vive às moscas), então, não sei o porque do caixa estar zerado. Também não posso ter uma bola de cristal e ver o que aconteceu por lá, administrar é bem difícil, eu sei, não sou tão ingênua assim.
Mas porque, uma conta de luz ou de telefone foi arrastada tanto tempo, sem que houvesse a iniciativa de se solucionar o problema?
Porque não há investimento nesse tipo de instituição? Onde estão os empresários que se dizem amantes da arte? Só aparecem nos eventos dizendo que a arte é importante para o povo, a cultura e blablabla e não enxergam que a mesma cultura anda falida!!!
Mas eles preferem falar de viagens internacionais no programa do Amaury Jr., falar das lipos, dos botox, dos novos amores e os velhos amores como a arte ficam a cargo do governo ou de quem inventou o problema?
Lamentável mesmo saber que por ali, passaram obras tão raras e hoje o mesmo local não tem recursos para pagar despesas básicas.
Ficaremos sem o MASP?
Espero que o eco alcance alguém capaz de ajudar. E disposto a fazer isso.

Hoje

Ouvi essa hoje: se você se apaixonar, não escreva poesias.
Não seria melhor: não se apaixone e continue escrevendo poesias?
Sim, cheguei a uma conclusão (minha) de que quem odeia poesia, pode ter sido um fracasso num passado não muito distante.
Carrega consigo a dor de ter sido humilhado por ter escrito algo que sentia naquele momento e a pessoa que recebeu isso, por ignorância ou por faltade respeito, riu, humilhou e com isso gerou um conflito interno, repulsando o ato de poetizar.
Não digo que isso seja o correto, uma vez que escrevo mais poemas, quando estou solitária. Apaixonada não sai nada legal...eu tento e acho que a essência não é a mesma.
Fiquei preocupada com esse comentário...mas, enfim, não sou a dona da verdade.

O outro lado

Estou aqui atrás do vidro...
Não consigo enxergar você do outro lado...
Tudo tão obscuro,
Se aproxime mais,
talvez eu consiga te sentir mais perto.
Não me abandone aqui no frio...

Anônimo

Onde está você?
Porque não se manifesta?
me dê pistas...
Gosto de ser desafiada.
Mas confesso que a minha curiosidade aumenta a cada dia...
mesmo prometendo respeitar seu anonimato.
Se fosse com você também ficaria curioso...

Nós que aqui estamos, por vós esperamos

O que senti quando vi esse documentário: somos todos iguais, não importa raça, cor, religião, intelecto, conta bancária.
Quando a morte nos encontra, nos carrega para o mesmo lugar onde aqueles que construiram o mundo, ajudaram a destruí-lo.
De que adianta tanto estudo, tecnologia, cobiça pelo poder, se o nosso fim é igual ao de todos.
De que adianta querer ser melhor que alguém, sabendo que o meu fim é o mesmo que o dele?

Terra

Saudades do cheiro de terra molhada...
Brincar de esconder.
Inocência
essência...
nunca perdida,
infância...
mais saudades.

Caminho

O caminho agora é outro.
As pessoas também...
Sensações, novidades.
É como se algo bom estivesse para acontecer.
Se fosse receber uma notícia maravilhosa...
clima de mistério.

Sol

Vi uma propaganda de cerveja e fui tocada.
O sol que nos causa tantos problemas, é o mesmo que nos faz falta nos dias tristes.
Já repararam que os dias mais tristes de nossas vidas, são os dias sem sol?
Porque será que a escuridão é amiga do sofrimento?
Ou porque o sol nos abandona quando estamos nos sentindo sós e infelizes?
Prometo pensar mais a respeito.

Papel

Recebi de meu amigo Herby...(nem me lembrava que eu havia escrito...)

Papel
Não tenho estudo,
Não entendo de regras gramaticais, pois já esqueci...
Sei que tenho vontade de escrever
As palavras saem sem que eu sinta...
Nem pensa antes...
Apenas fluem...
Não é sempre assim...
Quando quero não acontece, quando alguém me pede
Eu travo...
Elas vêem o que eu não vejo
Elas vêm de onde eu não possa alcançar...
Apenas aparecem...
E ficam
Marcadas em folhas que procuro,
Perdidas em minha frente...
Registram o que pode estar vindo de dentro
De mim...
Fico imaginando
O dia em que aprender tudo o que me falta
Será que as palavras virão?