Mas uma parte dos meus sonhos realizada.
Uma dedicatória no meu livro "Cobertor de Estrelas", tão querido e aguardado.
E o que me deixou muito feliz foi ver em primeira mão, as provas de capa do novo livro dele e ainda por cima poder dar opinião de qual achei mais legal.
Imaginem como eu me senti!
Tremia tanto que achei que fosse passar um vexame ali...
Mas, faz parte da talvez "tietagem", sei lá eu não vejo assim, a minha admiração aumentou após hoje e talvez seja essa admiração a minha diferença entre querer ser tiete, fã ou como queiram chamar.
Sinto mais que isso.
Sinto respeito pelo esforço e dedicação com que nos trata.
Por isso ele é diferente para mim.
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sábado, março 31, 2007
quarta-feira, março 28, 2007
Esperando
É ruim demais ficar sem notícias suas,
parece que estou pela metade...
faltou você com seu carinho.
Ah que saudades...
Espero que sinta o mesmo,
que eu não me engane ou seja enganada,
que não me ilude,
quero acreditar, mesmo tendo medo...
mesmo vendo um certo assédio ao seu redor,
quero acertar e aceitar as dificuldades,
mas e você?
O que quer de mim?
parece que estou pela metade...
faltou você com seu carinho.
Ah que saudades...
Espero que sinta o mesmo,
que eu não me engane ou seja enganada,
que não me ilude,
quero acreditar, mesmo tendo medo...
mesmo vendo um certo assédio ao seu redor,
quero acertar e aceitar as dificuldades,
mas e você?
O que quer de mim?
terça-feira, março 27, 2007
Você
domingo, março 25, 2007
Uso de incentivo fiscal no "bonde" divide escritores
Outro ponto criticado no projeto é a suposta "panelinha" entre participantesRoteiro de viagens, que exclui países mais pobres e inóspitos, também é questionado pelos contrários à "gandaia"DA REPORTAGEM LOCAL
A Folha ouviu os principais personagens dessa polêmica. Para o editor da Companhia das Letras, Luiz Schwarcz, Amores Expressos é um caso de "uso positivo" da lei. "O que há de errado em usá-la para viabilizar a obra de novos autores, numa área em que os recursos são poucos?"Sérgio Sant'Anna, um dos passageiros do "bonde", acusou Mirisola de "mesquinharia e inveja" e contou que o escritor pedira, há pouco, que ele escrevesse uma carta de recomendação para que o autor pleiteasse uma bolsa da Secretaria Municipal da Cultura.Há quem diga que o projeto não beneficia em nada a literatura brasileira, somente os escritores que participam dele. É o caso do escritor Ademir Assunção. "O mercado deve viabilizar a si mesmo, não pode ser movimentado pelo dinheiro público. Se fosse para participar de feiras de livros ou de debates em universidades no exterior, ok." Há cerca de dois anos, Assunção entregou ao MinC o documento Literatura Urgente, cobrando fomento à produção literária. A proposta não rendeu frutos.Já Antonio Prata, que vai para Xangai, acha que em vez de polemizar o "bonde", as pessoas deveriam estar discutindo se o Estado deveria dar dinheiro para a cultura ou não. "Como avaliar escritores num concurso público? Quem apresentar metáforas por um preço mais baixo leva?"
Mochilão
O fato de o projeto prever viagens internacionais, num circuito tipo Elizabeth Arden, também irrita os críticos do Amores Expressos. Ao que parece, alguns considerariam o projeto aceitável se os viajantes fossem para lugares mais pobres e inóspitos, com escassas possibilidades de diversão. É o argumento do escritor Ricardo Lísias, que se alinha a Mirisola. "Por que ninguém vai para a África negra? Não há amor na Faixa de Gaza? Nem na favela de Cité Soleil, no Haiti?"A escolha das cidades, explica Cuenca, levou em conta dois fatores: o aspecto mercadológico, ou seja, a curiosidade que uma cidade como Tóquio pode gerar nos leitores. E o aspecto de identificação da cidade com a obra do autor: "O Joca Reiners Terron tem uma relação com Cairo. O Sérgio Sant'Anna, com Praga. Existe uma escolha estética sutil aí também. Por achar que determinada cidade rende em termos de criação literária, seja pela afinidade que ela pode ter com o lugar ou pelo estranhamento que pode causar", defende Cuenca.
É o amor
A temática do projeto - as histórias de amor- também foi alvo de ataques. "Como é que, em 2007, um escritor pode aceitar a proposta de escrever uma história de amor em Paris? Isso é dinheiro público financiando clichês", solta Mirisola. Para Sérgio Rodrigues, "essa coisa dos amores em cidades do exterior é um pouco jeca". Mas nem por isso ele se coloca contra a idéia. "Vamos aguardar o resultado. Torço para que saiam bons livros daí", conclui.Também contra os clichês se posiciona Ana Paula Maia, jovem autora do Rio, que perdeu o "bonde". "Se me jogassem em qualquer lugar do mundo, eu arrumaria umas brigas, me acidentaria, tomaria uns foras, levaria umas porradas e escreveria um "road movie" violento", brinca a escritora. Cuenca defende-se dizendo que acha sedutora a idéia de histórias de amor que se passam em terras estrangeiras, que estas podem ser obscuras, vão variar de acordo com os diferentes estilos literários dos autores e que formarão um panorama das relações hoje em dia. Ele diz ainda que vê como desafio o que os outros vêem como lugar-comum:"A Adriana Lisboa vai ter que inventar uma história de amor que não seja clichê", diz o escritor. "Nenhum deles vai escrever uma "love story" açucarada. Você consegue ver o Mutarelli fazendo algo assim?"
Amigos de Cuenca
Resta o terceiro ponto da polêmica. Blogueiros e escritores que ficaram de fora do projeto reclamam em coro de que a seleção configura "formação de panelinhas", ou seja, privilegia um grupinho de amigos."Quer que eu diga qual é o critério?", pergunta Mirisola. "Digo e repito. O critério é o compadrio, conseqüentemente, a gandaia."Há quem assuma o ciúme, como o escritor Santiago Nazarian, que conheceu Cuenca na primeira edição da Flip (Festa Internacional de Parati), em 2004, quando passaram uma temporada na cidade para escrever os contos do livro "Parati para Mim", projeto que incluiu ainda Chico Mattoso, outro escritor convidado a viajar no "bonde"."Assumo que fico com inveja, todo mundo que está de fora fica. Obviamente pode ter pessoas que eles [Teixeira e Cuenca] gostem ou admirem mais como escritores, mas é claro que preferem mandar os amigos. Ao mesmo tempo acredito que eles não iam mandar apenas amigos, que não fossem bons escritores, e que depois entregariam uma merda para a Companhia publicar."Teixeira se defende. "Ninguém questiona um diretor de cinema sobre quais artistas vai usar no seu filme. O projeto é meu, e eu tenho todo o direito de usar a lei, já que ela existe."Cuenca, que dividiu com Teixeira a escolha dos autores, justifica o seu time. "Quem dera eu fosse amigo pessoal de escritores como Sérgio Sant'Anna e Bernardo Carvalho, que admiro profundamente. O André de Leones eu nunca vi. Com o Ruffato eu devo ter me encontrado duas vezes. Também não chamaria inimigos. Ninguém quer trabalhar com inimigos."O jornalista e colunista da Folha Manuel da Costa Pinto aponta uma curiosidade no caso dos jovens autores selecionados. "A Companhia das Letras nunca foi uma editora reveladora de talentos, e agora ironicamente vai sair dessa história como tal."
Sem relevância
Cuenca por fim afirma que "nenhuma voz relevante" se levantou contra o projeto, apenas "meia dúzia de comentaristas de blog". E dá um conselho aos que não entraram: "Que se articulem, formalizem um projeto e usem a Lei Rouanet". (EDUARDO SIMÕES e SYLVIA COLOMBO)
Outro ponto criticado no projeto é a suposta "panelinha" entre participantesRoteiro de viagens, que exclui países mais pobres e inóspitos, também é questionado pelos contrários à "gandaia"DA REPORTAGEM LOCAL
A Folha ouviu os principais personagens dessa polêmica. Para o editor da Companhia das Letras, Luiz Schwarcz, Amores Expressos é um caso de "uso positivo" da lei. "O que há de errado em usá-la para viabilizar a obra de novos autores, numa área em que os recursos são poucos?"Sérgio Sant'Anna, um dos passageiros do "bonde", acusou Mirisola de "mesquinharia e inveja" e contou que o escritor pedira, há pouco, que ele escrevesse uma carta de recomendação para que o autor pleiteasse uma bolsa da Secretaria Municipal da Cultura.Há quem diga que o projeto não beneficia em nada a literatura brasileira, somente os escritores que participam dele. É o caso do escritor Ademir Assunção. "O mercado deve viabilizar a si mesmo, não pode ser movimentado pelo dinheiro público. Se fosse para participar de feiras de livros ou de debates em universidades no exterior, ok." Há cerca de dois anos, Assunção entregou ao MinC o documento Literatura Urgente, cobrando fomento à produção literária. A proposta não rendeu frutos.Já Antonio Prata, que vai para Xangai, acha que em vez de polemizar o "bonde", as pessoas deveriam estar discutindo se o Estado deveria dar dinheiro para a cultura ou não. "Como avaliar escritores num concurso público? Quem apresentar metáforas por um preço mais baixo leva?"
Mochilão
O fato de o projeto prever viagens internacionais, num circuito tipo Elizabeth Arden, também irrita os críticos do Amores Expressos. Ao que parece, alguns considerariam o projeto aceitável se os viajantes fossem para lugares mais pobres e inóspitos, com escassas possibilidades de diversão. É o argumento do escritor Ricardo Lísias, que se alinha a Mirisola. "Por que ninguém vai para a África negra? Não há amor na Faixa de Gaza? Nem na favela de Cité Soleil, no Haiti?"A escolha das cidades, explica Cuenca, levou em conta dois fatores: o aspecto mercadológico, ou seja, a curiosidade que uma cidade como Tóquio pode gerar nos leitores. E o aspecto de identificação da cidade com a obra do autor: "O Joca Reiners Terron tem uma relação com Cairo. O Sérgio Sant'Anna, com Praga. Existe uma escolha estética sutil aí também. Por achar que determinada cidade rende em termos de criação literária, seja pela afinidade que ela pode ter com o lugar ou pelo estranhamento que pode causar", defende Cuenca.
É o amor
A temática do projeto - as histórias de amor- também foi alvo de ataques. "Como é que, em 2007, um escritor pode aceitar a proposta de escrever uma história de amor em Paris? Isso é dinheiro público financiando clichês", solta Mirisola. Para Sérgio Rodrigues, "essa coisa dos amores em cidades do exterior é um pouco jeca". Mas nem por isso ele se coloca contra a idéia. "Vamos aguardar o resultado. Torço para que saiam bons livros daí", conclui.Também contra os clichês se posiciona Ana Paula Maia, jovem autora do Rio, que perdeu o "bonde". "Se me jogassem em qualquer lugar do mundo, eu arrumaria umas brigas, me acidentaria, tomaria uns foras, levaria umas porradas e escreveria um "road movie" violento", brinca a escritora. Cuenca defende-se dizendo que acha sedutora a idéia de histórias de amor que se passam em terras estrangeiras, que estas podem ser obscuras, vão variar de acordo com os diferentes estilos literários dos autores e que formarão um panorama das relações hoje em dia. Ele diz ainda que vê como desafio o que os outros vêem como lugar-comum:"A Adriana Lisboa vai ter que inventar uma história de amor que não seja clichê", diz o escritor. "Nenhum deles vai escrever uma "love story" açucarada. Você consegue ver o Mutarelli fazendo algo assim?"
Amigos de Cuenca
Resta o terceiro ponto da polêmica. Blogueiros e escritores que ficaram de fora do projeto reclamam em coro de que a seleção configura "formação de panelinhas", ou seja, privilegia um grupinho de amigos."Quer que eu diga qual é o critério?", pergunta Mirisola. "Digo e repito. O critério é o compadrio, conseqüentemente, a gandaia."Há quem assuma o ciúme, como o escritor Santiago Nazarian, que conheceu Cuenca na primeira edição da Flip (Festa Internacional de Parati), em 2004, quando passaram uma temporada na cidade para escrever os contos do livro "Parati para Mim", projeto que incluiu ainda Chico Mattoso, outro escritor convidado a viajar no "bonde"."Assumo que fico com inveja, todo mundo que está de fora fica. Obviamente pode ter pessoas que eles [Teixeira e Cuenca] gostem ou admirem mais como escritores, mas é claro que preferem mandar os amigos. Ao mesmo tempo acredito que eles não iam mandar apenas amigos, que não fossem bons escritores, e que depois entregariam uma merda para a Companhia publicar."Teixeira se defende. "Ninguém questiona um diretor de cinema sobre quais artistas vai usar no seu filme. O projeto é meu, e eu tenho todo o direito de usar a lei, já que ela existe."Cuenca, que dividiu com Teixeira a escolha dos autores, justifica o seu time. "Quem dera eu fosse amigo pessoal de escritores como Sérgio Sant'Anna e Bernardo Carvalho, que admiro profundamente. O André de Leones eu nunca vi. Com o Ruffato eu devo ter me encontrado duas vezes. Também não chamaria inimigos. Ninguém quer trabalhar com inimigos."O jornalista e colunista da Folha Manuel da Costa Pinto aponta uma curiosidade no caso dos jovens autores selecionados. "A Companhia das Letras nunca foi uma editora reveladora de talentos, e agora ironicamente vai sair dessa história como tal."
Sem relevância
Cuenca por fim afirma que "nenhuma voz relevante" se levantou contra o projeto, apenas "meia dúzia de comentaristas de blog". E dá um conselho aos que não entraram: "Que se articulem, formalizem um projeto e usem a Lei Rouanet". (EDUARDO SIMÕES e SYLVIA COLOMBO)
Bonde
Bonde das letras ou trem da alegria?
Márcia Denser
Márcia Denser
A polêmica surgiu e está na Folha de S. Paulo de 17/3 e 18/3. Indignado com a maracutaia literária inferida na matéria "Bonde das Letras", assinada por Cadão Volpato, o escritor Marcelo Mirisola (Joana a contragosto, Bangalô) manda recado malcriado para os autores João Paulo Cuenca e Rodrigo Teixeira, autores da idéia, comprada por Luís Schwarcz e financiada pela Lei Rouanet, que manda 16 escritores brasileiros ao exterior com o objetivo de escrever livros sobre as "emoções" ou algo que o valha.
A questão colocada por Mirisola é a ausência absoluta de critérios seletivos na escolha dos autores e até de valor literário numa iniciativa editorial desse porte (aliás bastante generoso, em termos de Brasil), resultando apenas, e mais uma vez num evento mercadológico, porque a coisa funciona como "ação entre amigos", algo absolutamente normal no país do jeitinho, onde (ainda) campeia a “estratégia do favor”, o que torna esse “bonde de letras” algo muito semelhante ao “trem da alegria” dos políticos. E bota subdesenvolvimento nisso!
Confira a matéria da Folha. Que começa assim... ”Você é um escritor sem dinheiro, lutando pela sobrevivência. Tem, segundo suas próprias palavras, "apenas um dia de príncipe ao mês". Você emigrou dos quadrinhos para a literatura, vendeu os direitos para o cinema dos livros que publicou, mas ainda desenha uma última história de despedida. Um dia, aparece um sujeito oferecendo um mês de estadia em Nova York, onde você nunca esteve, com todas as despesas pagas e a única obrigação de retornar com uma história de amor na cabeça, que depois será publicada por uma das maiores editoras do Brasil. O escritor em questão existe, é Lourenço Mutarelli, um dos 16 autores brasileiros a caminho de 16 destinos diferentes no mundo, para viver uma experiência — qualquer experiência —, voltar e escrever um livro. A coleção se chama Amores expressos e foi idealizada por Rodrigo Teixeira, um jovem Quixote de pés bem plantados no chão.”
A resposta do Mirisola no Painel do Leitor, no dia seguinte:
"Vou reunir meus amigos de farra e pleitear uma grana da Lei Rouanet. Foi isso o que Rodrigo Teixeira e o escritor João Paulo Cuenca fizeram — e conseguiram R$ 1,2 milhão ("Bonde das letras", Ilustrada, 17/03). E, pra coisa não ficar tão ostensivamente chapa-branca, incluirei — além de mim — um ou dois figurões acima de qualquer suspeita no cardápio. Depois, basta procurar um editor generoso e idealista. Se for sócio de um banco, melhor. Só faltou um dado à reportagem: cada "escritor" embolsará R$ 10 mil, além de estadia, passagens e traslados ao redor desse mundão de Deus. Um mês de vida boa. Espero que escrevam grandes livros e relatem suas experiências na festa de Paraty do próximo ano. Assim é que se faz literatura no Brasil."
E, agora, a entrevista exclusiva de Mirisola para o Congresso em Foco:
Como você se insere na tradição literária brasileira?
A tradição literária brasileira – me parece – não está nem aí para mim. Está preocupada com autores de gabinete, chatos, politiqueiros e gente sem talento. Eu devia ter nascido em Buenos Aires.
Não acha que, entre o silêncio da crítica e o barulho ensurdecedor do marketing, quem sai perdendo é o próprio escritor?
Financeiramente, claro que sim.
Mas quem é que está preocupado com literatura?
Prêmios literários ajudam a carreira do escritor?
Se ele estiver inserido nisso que você chamou de "tradição literária" de chatos, politiqueiros e gente sem talento, ajuda. Tem gente que vive muito bem disso. Não é o meu caso, evidentemente.
Quais são suas influências literárias?
Podia ter sido você, se eu tivesse lido seus livros antes de escrever os meus, mas não foi o caso. Em vez de influência, prefiro chamar de afinidade. Tenho afinidade com autores confessionais e, como não podia deixar de ser, com alguns santos da Igreja Católica.
O que pensa da Festa Literária de Parati?
Ajuda a promover a literatura brasileira?
Escrevi tudo o que eu pensava num texto intitulado "Paraty 2006" – se quiser pode linkar. A festa ajuda a promover a Companhia das Letras (leia-se: Unibanco) e os patrocinadores. Quanto aos escritores (sobretudo, os brasileiros), são uns carentes, deslumbrados. Vão lá para aparecer no jornal e ganhar tíquete-refeição. São gado do senhor Schwarcz [dono da Cia. das Letras]. Não se pode falar em "literatura brasileira" no caso de Paraty. Os escritores que aceitam o curral de Paraty são oportunistas, omissos e covardes. Gado.
Escrevi tudo o que eu pensava num texto intitulado "Paraty 2006" – se quiser pode linkar. A festa ajuda a promover a Companhia das Letras (leia-se: Unibanco) e os patrocinadores. Quanto aos escritores (sobretudo, os brasileiros), são uns carentes, deslumbrados. Vão lá para aparecer no jornal e ganhar tíquete-refeição. São gado do senhor Schwarcz [dono da Cia. das Letras]. Não se pode falar em "literatura brasileira" no caso de Paraty. Os escritores que aceitam o curral de Paraty são oportunistas, omissos e covardes. Gado.
Que conselho você daria ao escritor iniciante?
Desista. Então esse "bonde das letras", na sua opinião, seria uma espécie de "trem da alegria", no qual a literatura copia a nossa política, ambas pairando no ar merchandisinísticamente apenas como cascas vistosas, mas cascas, sem nada por dentro? Sofrendo assim duma morte dupla e simétrica?
Desista. Então esse "bonde das letras", na sua opinião, seria uma espécie de "trem da alegria", no qual a literatura copia a nossa política, ambas pairando no ar merchandisinísticamente apenas como cascas vistosas, mas cascas, sem nada por dentro? Sofrendo assim duma morte dupla e simétrica?
Quanto ao "bonde das letras", é uma questão para ser analisada pelo Ministério Público. A Lei Rouanet virou gandaia. Tem precedentes vergonhosos, é bom lembrar. Essa lei precisa ser revista. Já se fez muita merda por aí com ela . Se não me engano – vale conferir –, a família Barreto levantou uma grana preta para produzir o filme Paixão de Jacobina. A cantora Ana Carolina já deu seus pitacões. Agora os editores descobriram o filão ... pobre Rouanet. Se eu fosse ele, tirava meu nome dessa baixaria. Ou você acha que só pelo fato de sair da Vila Madalena ou de Ipanema e de embolsar R$ 10 mil, mais traslados, passagens e hospedagem, os amigos de boteco de João Paulo Cuenca vão mudar o estilo? Nem aqui, nem na China.*
A escritora paulistana Márcia Denser publicou, entre outros, Tango Fantasma (1977), O Animal dos Motéis (1981), Exercícios para o pecado (1984), Diana caçadora (1986), Toda Prosa (2002) e Caim (2006). Participou de várias antologias importantes no Brasil e no exterior. Organizou três delas - uma das quais, Contos eróticos femininos, editada na Alemanha. Mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, é pesquisadora de literatura brasileira contemporânea, jornalista e publicitária.
sábado, março 24, 2007
Caminhos
sexta-feira, março 23, 2007
Porta
quinta-feira, março 22, 2007
Beijo
quarta-feira, março 21, 2007
Pessoas
terça-feira, março 20, 2007
Mensagem de uma pessoa especial
Recebi de alguém especial para mim.
Cair de novo
Quem não tropeça na vida?
Quem não perde na vida?
Quem não chora na vida?
Quem não desanima na vida?
Sofro não pode deleite,
mas por ensejo
Descobri a lágrima que a muito não vejo
Meu peito sofre por esse novo desejo
De não chorar, d
e impedir o desespero
Cansei de frear a tristeza minha
Ela faz parte de mim,
me corroí
Sofro,
choro, e como isso dói
Mas estou a buscar a mina
A origem das dores,
dos horrores
Onde se esconde essa fonte
De lágrimas,
de medo,
de dissabores
Para cessar meu desespero...
Cair de novo
Quem não tropeça na vida?
Quem não perde na vida?
Quem não chora na vida?
Quem não desanima na vida?
Sofro não pode deleite,
mas por ensejo
Descobri a lágrima que a muito não vejo
Meu peito sofre por esse novo desejo
De não chorar, d
e impedir o desespero
Cansei de frear a tristeza minha
Ela faz parte de mim,
me corroí
Sofro,
choro, e como isso dói
Mas estou a buscar a mina
A origem das dores,
dos horrores
Onde se esconde essa fonte
De lágrimas,
de medo,
de dissabores
Para cessar meu desespero...
segunda-feira, março 19, 2007
Porta
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É quando eu sofro mais... que a inspiração aparece... nos melhores tempos, nada surge. Parece amnésia... é uma coisa estranha... a falta de ...
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Vago... por estradas intermináveis... por túneis que parecem sem fim. Mas sempre atenta ao caminho. Tenho um ponto de chegada, embora pareça...