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quinta-feira, novembro 23, 2006

Premio





Isso merece um post especial.


23/11/2006 - 09h19
Portugal Telecom dilata premiação literária Publicidade
EDUARDO SIMÕES
da Folha de S.Paulo

O Prêmio Portugal Telecom de Literatura Brasileira acabou. A partir de 2007, o mais bem pago prêmio literário do país --R$ 100 mil para o primeiro colocado-- passa a contemplar também livros escritos originalmente em português, lançados no exterior, contanto que já tenham sido publicados no Brasil. As mudanças foram anunciadas anteontem, em São Paulo, na cerimônia de premiação dos três melhores livros brasileiros lançados em 2005.

O grande vencedor da noite foi Milton Hatoum, por "Cinzas do Norte", já ganhador do Jabuti. Também saíram premiados Alberto Martins, em segundo lugar, e Ricardo Lísias, em terceiro. Os outros finalistas eram Claudia Ahimsa, Claudia Roquette-Pinto, Luiz Ruffato, Mario Sabino, Nelson Ascher (colunista da Folha), Paula Glenadel e Wilson Bueno.

Novidades

A partir de 2007, as inscrições para o Portugal Telecom serão feitas pelos autores e editoras, por meio do site www. premioportugaltelecom. com.br. Até este ano, todos os lançamentos --em 2005 foram cerca de 10 mil títulos-- eram contemplados.

Quatro curadores irão indicar o júri inicial, que irá escolher 50 obras semifinalistas, das quais pelo menos cinco deverão ser originárias de países onde a língua oficial é o português. Um júri nacional apontará as dez finalistas, em que no mínimo duas devem seguir a regra. Para os três vencedores, escolhidos por um júri final, cai a regra de proporcionalidade. Para a primeira edição do novo prêmio, os livros estrangeiros devem ter sido lançados entre 1º de janeiro de 2003 e 31 de dezembro de 2006.

Hatoum, que ressalta a importância do prêmio para quem "depende da pena para sobreviver", manifesta alguma preocupação com as nova regras. Para ele, num cenário ideal, a Portugal Telecom teria prêmios diferentes para escritores brasileiros e demais autores em língua portuguesa.

"Isso vai dificultar a premiação de brasileiros porque haverá uma concorrência maior. Há não só bons escritores portugueses, como africanos. E concorrer com José Saramago e António Lobo Antunes pode ser bem difícil", avalia o autor.

Hatoum, cujo "Cinzas do Norte" recebeu cinco prêmios este ano, acredita que o Portugal Telecom, que teve este ano sua quarta edição, e o Jabuti, que existe há quase 40 anos, já se aproximam em termos de prestígio. O segundo, no entanto, cujo prêmio máximo é de R$ 30 mil, ainda funciona mais como vitrine internacional.

"O Portugal Telecom tem a vantagem de ser importante pelo dinheiro, num país que nunca premiou com dinheiro, corretamente, seus escritores. O Jabuti tem mais tradição, muitos editores lá fora já ouviram falar. Quando o "Dois Irmãos" [primeiro romance de Hatoum] ficou em terceiro lugar, minha agente em Londres trabalhou com este dado para vender para o resto do mundo."

O editor Luiz Schwarcz, cuja Cia. das Letras teve livros em primeiro lugar quatro vezes no Portugal Telecom, faz ressalvas à "internacionalização" do prêmio, lembrando que o Camões, de Portugal, tem perfil parecido. E questiona a inclusão da categoria "biografia". Para ele, a disputa deveria se concentrar numa apenas, como o Booker [Inglaterra] ou o Goncourt [França]. "Falta um prêmio só para romance. Sempre achei complicado juntar com poesia e contos. Agora precisa surgir outro, menos diluído, com diferencial em relação ao Jabuti."

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Amar remete a uma dificuldade... nem por ser de idade ou por conta da cidade. A dificuldade estah na vaidade. Amamos menos aos outros......