Nosso amor estava por um fio...
Bastou você puxar mais uma linha
e me fazer ver que não valia a pena sofrer
por tudo que me representava.
Me iludi com as suas desculpas e poemas de amor,
nem sempre escritos por você é claro,
já que a indiferença o torna alguém insens[ivel.
Não sinto nenhum tipo de arrependimento, nem de tristeza.
Sigo a vida como se nada estivesse acontecendo,
nada aconteceu na verdade,
só em nossa fértil imaginação.
Foi fácil retirar você da minha vida agora,
uma vez que já não significava mais nada,
não era como das outras vezes em que me deixava
sozinha sem respostas e depois aparecia com suas desculpas lindas e
fantasiosas.
Dessa vez eu não caio nessa,
meu coração fraco, para você, está aqui
batendo mais forte, vivo e feliz.
Que bom que acordei há tempo,
que bom que a corda se rompeu.
Formulário de contato
quarta-feira, setembro 26, 2007
sábado, setembro 22, 2007
Quando eu choro
As pessoas querem minha atenção,
ou se vangloriar de seus atos e feitos...
não percebem o quanto estou sofrendo...
Como quero mudar de vida,
ser alguém mais livre,
sem ter que dar satisfações e ouvir
coisas que não estou afim...
Ser alguém feliz, ter alguém comigo.
Não...
não se importam com isso,
sempre estou sorrindo, disfarçando a minha dor.
Quando eu choro é porque estou sozinha.
No meu quarto sem graça,
vendo programas tão sem graça quanto eu.
Choro por saber que cresci e não vivi.
Nada do que se vive uma pessoa feliz.
O que realmente importa?
O que é preciso?
onde encontrar a Tal Felicidade?
Desisto.
Ficarei aqui minguando até que ela me encontre,
cansei de correr atrás dela.
Não tenho fôlego.
terça-feira, setembro 18, 2007
Revista Piaui
Esse é o meu primeiro conto, que saiu no site da revista Piauí
http://www.revistapiaui.com.br/2007/set/concurso_s.htm#s
SIMONE C BAZILHO
Homem - Estátua
Todos esperavam por um fim trágico.
Não havia mais nada a fazer a não ser vê-lo imóvel com suas vestimentas estranhas, uma vez que esse modo de viver lhe caia bem.
As pessoas não o viam como um cara normal mesmo, então para que tentar provar a todo mundo que ele seria diferente?
O convite para virar estatua no Madame Tussauds lhe chegou em boa hora.
Não precisaria se mexer, nem falar, coisas que fazia muito bem.
Não era adepto ao diálogo, sempre se escondia da multidão. Gaguejava quando lhe era imposto responder a uma questão, desde pequeno, queria ser invisível.
Tem a sua chance agora.
Por trás da máscara escura e da roupa larga e disforme, ele é tudo aquilo que sempre quis ser.
Anônimo.
Sem nome nem endereço.
Não é um número conhecido, não tem um rosto a ser descoberto.
Chamar a atenção é pra quem não tem o que fazer.
Pra que tudo isso? É tão bom ser uma pessoa ímpar.
Não precisam te adorar, sempre acabam desistindo, já que não te entendem mesmo.
Nem a própria mãe quis saber de lhe cuidar. Foi assim que começou a se distanciar do mundo.
Não, não quis acabar com a sua vida, ele acredita que isso é coisa de pessoa fraca, daqueles que não tem com o que se importar.
A vida dele é única, não precisa que o entenda, ele quis assim.
Acorda e dorme sem ouvir chamar seu nome, por opção própria, prefere não ter contato com ninguém. Sempre ouve as pessoas reclamarem das outras, por isso é solitário, para não ter tanto trabalho e decepção.
Agora escondido na fantasia, imóvel, aguarda a reação daqueles que não o entendem. Aguarda o aplauso, mas sem muita expectativa.
Afinal de contas, não gosta de platéia.
A solidão é a sua amiga, confidente fiel e dela tira sua força para se manter assim.
Não pretende ser amigo de ninguém, nem fazer com que gostem dele, é apenas o que é e nada mais.
Passa despercebido por entre as torres cinza da cidade, por entre os carros no trânsito e nem se queixa de nada.
Vive à sua própria sombra.
Faz seu próprio destino, caminha sempre ao redor de si.
Medo? Talvez decepção! Não assume rancor, não odeia nada e nem ninguém.
Apenas não gosta de partilhar sentimentos. Ele não os entende.
Age com firmeza e frieza, não possui sonhos, não deseja ser alguém que não seja ele.
O que ele mais quis na vida está sendo realizado agora, seu único desejo era ser estátua. Nada mais que isso.
Agora pode se considerar uma.
Sem cor, sem vida, sem perspectiva.
Uma peça de arte.
Um estranho congelado. Uma figura.
http://www.revistapiaui.com.br/2007/set/concurso_s.htm#s
SIMONE C BAZILHO
Homem - Estátua
Todos esperavam por um fim trágico.
Não havia mais nada a fazer a não ser vê-lo imóvel com suas vestimentas estranhas, uma vez que esse modo de viver lhe caia bem.
As pessoas não o viam como um cara normal mesmo, então para que tentar provar a todo mundo que ele seria diferente?
O convite para virar estatua no Madame Tussauds lhe chegou em boa hora.
Não precisaria se mexer, nem falar, coisas que fazia muito bem.
Não era adepto ao diálogo, sempre se escondia da multidão. Gaguejava quando lhe era imposto responder a uma questão, desde pequeno, queria ser invisível.
Tem a sua chance agora.
Por trás da máscara escura e da roupa larga e disforme, ele é tudo aquilo que sempre quis ser.
Anônimo.
Sem nome nem endereço.
Não é um número conhecido, não tem um rosto a ser descoberto.
Chamar a atenção é pra quem não tem o que fazer.
Pra que tudo isso? É tão bom ser uma pessoa ímpar.
Não precisam te adorar, sempre acabam desistindo, já que não te entendem mesmo.
Nem a própria mãe quis saber de lhe cuidar. Foi assim que começou a se distanciar do mundo.
Não, não quis acabar com a sua vida, ele acredita que isso é coisa de pessoa fraca, daqueles que não tem com o que se importar.
A vida dele é única, não precisa que o entenda, ele quis assim.
Acorda e dorme sem ouvir chamar seu nome, por opção própria, prefere não ter contato com ninguém. Sempre ouve as pessoas reclamarem das outras, por isso é solitário, para não ter tanto trabalho e decepção.
Agora escondido na fantasia, imóvel, aguarda a reação daqueles que não o entendem. Aguarda o aplauso, mas sem muita expectativa.
Afinal de contas, não gosta de platéia.
A solidão é a sua amiga, confidente fiel e dela tira sua força para se manter assim.
Não pretende ser amigo de ninguém, nem fazer com que gostem dele, é apenas o que é e nada mais.
Passa despercebido por entre as torres cinza da cidade, por entre os carros no trânsito e nem se queixa de nada.
Vive à sua própria sombra.
Faz seu próprio destino, caminha sempre ao redor de si.
Medo? Talvez decepção! Não assume rancor, não odeia nada e nem ninguém.
Apenas não gosta de partilhar sentimentos. Ele não os entende.
Age com firmeza e frieza, não possui sonhos, não deseja ser alguém que não seja ele.
O que ele mais quis na vida está sendo realizado agora, seu único desejo era ser estátua. Nada mais que isso.
Agora pode se considerar uma.
Sem cor, sem vida, sem perspectiva.
Uma peça de arte.
Um estranho congelado. Uma figura.
Inspiração
quinta-feira, setembro 13, 2007
Casa
Sol
segunda-feira, setembro 10, 2007
Mudar
Um beijo
me fez pensar...
me fez mudar a atenção,
o foco.
É tão estranho sentir
que a felicidade vem
de surpresa...
me fez pensar...
me fez mudar a atenção,
o foco.
É tão estranho sentir
que a felicidade vem
de surpresa...
segunda-feira, setembro 03, 2007
Rua
Me vejo na rua,
e meus pensamentos são teus.
vago,
a tua procura.
Imagino como se sente...
se me deseja ou se apenas mente.
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