Gosto de sentir cheiro de livro novo e escrever em papel reciclado. Do mesmo jeito que eu curto um lanche de boteco não dispenso um bom cardápio. Não é só porque não nado em dinheiro, que eu tenha mau gosto. Gosto muito sim...das coisas balanceadas. Até mesmo no amor...nem tanto para sofrer nem tampouco desprezar.

Porque quando nós falamos de sentimentos eles não são divulgados como os corpos nus das mulheres na TV... ou como a dança para comemorar um gol? Temos que nos esconder atrás de notícias que tão logo são esquecidas... que não fazem o menor sentido. O sentido das palavras dos poetas está no sentimento... na expressão da dor, do amor, afeto ou da solidão. Seria muito difícil divulgar o amor? Acredito que não!

Dias mais claros. Sons intensos, prazer imenso... É uma raridade sentir tudo isso a caminho da cidade...

Sou poeta e emoção... verso e prosa. cantada em versos ou não. Escrevo sobre o dia e a noite, sobre o amor e a desilusão.

Meu coração foi tão esmagado por pessoas que eram dignas dele... Agora quem se aproxima, sente uma frieza que não era habitual. Um distanciamento necessário para me proteger.

Olhos nos olhos... a respiração ficando mais curta as palavras sumindo... um beijo surgindo.

Estou calada... as palavras me faltam, os dedos travam e o teclado não me inspira.

Sem palavras suficientes para decifrar essa confusão de ideias ideais...vida, amor, tudo mais.

Viva seu sonho busque a felicidade, siga seu caminho... mesmo não sabendo onde vai chegar.

Os bons momentos de ternura voltaram e mandaram me avisar para não ter medo... e aproveitar!

O amor não existe nesses tempos de perdição. Os valores foram perdidos, o respeito e a amizade que antes eram comuns, já é passado. Interessa o sobrenome, o carro, a conta bancária. Quanto à essência? só se for a do perfume e tem que ser importado, senão não vale. Estamos a caminho do fim.