Talvez minhas palavras E sentimentos possam Um dia serem descobertos... Talvez alguem me traduza... Me entenda e me decifre!

Preencho o espaço de todos os feridos, mas o meu continua se abrindo... parece não ter fim... a espera, a angústia, aumentam mais a dor... mas não posso reclamar desse vazio... é ele quem me alimenta.

Se sou do tamanho da minha altura posso dizer que hoje me sinto um anão.. rebaixada reduzida a pó...

A cada desprezo O choro... Com ele me afasto Do meu melhor! Vou me tornando Esse ser amargo Sem vida... Sem perspectiva...

Nem toda poesia é melancolia... Basta entender que o poeta também sente alegria! É muito mais raro... Mas sente...

O poeta é traduzido pelas letras no papel...

Mais uma vez fui esquecida Ninguem percebeu o desprezo, Apenas eu fui capaz de sofrer Calada como sempre... E isso doeu, vai doer um pouco Ainda... Seguirei em frente sem pensar Sem sofrer mais, sem me doar!

Corro contra o tempo, Me perco a cada minuto Sem conseguir me encontrar... Eh maior que eu!

Novos caminhos a fuga do ninho... posso me sentir sozinha... mas será necessário aprender o desapego Fugir do que já não importa...

Percorri todos os meus caminhos sozinha nem por isso sofri... ou me fiz de vítima... Enquanto todos pareciam felizes acompanhados... eu seguia triste mas calada...

Silencio eh inquietude Mas deve ser respeitado... Acredito que seja por isso Que poetas sao tao incompreendidos!

A vida parece um circo... hoje o palhaço alegra amanhã recolhe a lona... se vê em plena solidão se questiona se as piadas foram em vão...

Enquanto o medo tomar conta de meus dias o meu espírito sempre será escravo de mim...

Hoje a poesia se cala as palavras foram regadas com lágrimas... perder alguém nunca está nos planos...

Decidido, despecam-se do antigo eu, do meu ombro amigo, de meus conselhos, Da minha companhia... nem sempre bem vinda! A partir de agora recolho meus pedacinhos e parto em carreira solo, em otima companhia... comigo mesma!

Não procuro mais ninguém... apenas o silêncio... para me dar alento e assim esquecer do sofrimento.

Às vezes é preciso fazer a alma descansar... afastando-se do mau... do mal... de tudo...pra receber o seu real valor

O desânimo escureceu a minha visão poética... Tudo ficou sem graça e sem cores...

Acredito o fracasso rondando meu ser... já não me sinto bia filha companhia...amiga...profissional... Não sei mais o que pensar nem como sair desse poço cada vez mais sem fundo...

Frio com ele a sensacao de que tudo parou... Ate meu coracao bate mais devagar...